Maçãs Envenenadas

Engana-se quem encanta-se com pouco,

Um envenena o outro para ser a sua cura.

Bem no fundo, haverá de soprar rouco,

Outro coração que reclama desta fissura.

Quem ama já se algema antes da hora,

E perpetua o apreço pela própria arapuca.

A paixão passa enquanto valsa a sepultura,

A carcerária chama, e quem ama se machuca.

Há amor que não seja polissíndeto da loucura?

Hernán I de Ariscadian - Maçãs Envenenadas.

Hernán I de Ariscadian
Enviado por Hernán I de Ariscadian em 15/08/2017
Reeditado em 17/03/2024
Código do texto: T6085104
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2017. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.