MATO SECO

Ó mato que ladeia

a BR por onde posso.

Vegetação destorcida,

ressecada e acarquilhada.

Almas que se perdem

sobre a terra seca.

Vidas que se encerram

de fome ou de sede(?).

Criações magras.

Corpos esqueléticos e

deformados no caminhar

em vão e sem destino.

Olho desolado e triste,

o mato seco, sem vida,

por onde pastam

os restos de vidas,

sem mato e sem pasto.

Mato verde, ou mato seco?

Olho o infinito céu

e a ausência das chuvas

vem me confirmar

que outras tantas vidas

brevemente chegarão

também ao seu triste fim.

Que pena.

Já não mais tenho

o verde dos seus olhos

a se espalhar sobre

a plantação.

Mato Verde (MG), 15 de outubro de 2013.

Tadeu Lobo
Enviado por Tadeu Lobo em 15/08/2017
Reeditado em 09/02/2024
Código do texto: T6084832
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