DEIXASTE MORRER

Deixaste morrer nosso amor.

Sozinho fiquei na dor

de viver sem seus carinhos,

meu amor.

De que me servirá o luar?

Para que o brilho das estrelas,

se tu se foste pra não mais voltar?

Deixaste morrer um amor,

puro e verdadeiro.

Um amor amigo e companheiro.

Todo dedicado somente a te.

Deixaste morrer todos os sonhos.

Todos os bons momentos

e toda a alegria de viver.

Quebraste um telhado amigo,

quiçá seu único abrigo?

Deixaste-me só,

na dor de saber que tu se foste.

Agora o que farei então?

Sem amor, sem carinho,

sem ilusão, sem ninguém?

Para que me servirão as flores?

De que servirá o clarão do luar?

Por que brilharão as estrelas,

se tu se foste de mim?

Deixaste em mim, um grande vazio.

Um deserto amplo e infinito,

onde meus olhos orvalhados

já não mais alcançam

a nenhum horizonte ou norte.

Pois deixaste morrer

todo o nosso amor,

e sozinho fiquei na dor

de viver sem o seu amor.

Estação do Cercado (MG), 11 de dezembro de 2012.

Tadeu Lobo
Enviado por Tadeu Lobo em 14/08/2017
Código do texto: T6083705
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