BASSÊ-UM GRITO NO AR-6oPARTE

-E estranha a presença minha,

e que morreu minha cachorrinha

não quero ver seu corpo na rua...

-Tuberculoso,vivo no hospital,

e foi grande amigo,esse animal,

por isso conto,com a ajuda sua...

-Pelas avenidas,juntos caminhamos,

por toda essa cidade andamos,

fomos amigos de longa data...

-Pode olhar o corpinho dela,

bem cuidada,e quase amarela

era uma Bassê,não vira lata...

Enquanto o guarda cavucava,

seu corpinho acaciciava,

estava morto o meu coração...

Chorando como uma criança,

era saudade sua lembrança,

me encobriu a escuridão...

Entre a tristeza e a quimera,

tristes dias,estavam a minha espera,

longos dias,que eu não viví...

E continuei a subir a rampa,

para ir visitar sua campa,

uma parte de mim,ficou alí...

CONTINUA...

GIL DE OLIVE
Enviado por GIL DE OLIVE em 15/08/2007
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