Enquanto de mim, ausente

Escondo-me no oculto horizonte

Onde só o vento possa me abraçar

Fazer-me sentir a doce leveza de onde

Só em seus lábios pude encontrar

Estar diante de um pesadelo

Perder-te para o âmago do deserto

Vazio, solitário, distante e amargo de certo

Um doce amor poderia derreter tal gelo

Contrários antônimos

O avesso que se revirou

Como é duro estar do outro lado

Este, fui eu primeiro que te revelou

Como solucionar o esquecido

A fórmula que se apagou

Voltei a ser um bom coração

Diferente daquele que abandonou

De onde veio a solução

Que me fez resgatado de lá

Diferente claro, com muito a enxergar

Mas o mesmo velho bobo em paixão

Linhas que se cruzam

Sem jamais se tocarem

Como pode ser possível?

Onde foi parar

O ângulo de encontro do nosso olhar?

Quando um coração pode se tornar inacessível?

Que venham as lutas

Que venham as enchentes

Após o sol me ilumina a lua

Ó Caminhada me leve

Àqueles lábios sorridentes

Que por mim buscou

Tanto se fez presente

Tanto amou

De força sem precedentes

Que por amor procurou

À luz me trouxe, paciente

Enquanto me perdia na escuridão

Me amou mesmo enquanto estive ausente

Agora tudo se inverte

Não é certo que eu fuja

Que eu fique e conserte

Esse contágio que o amor anula

Que ao fim tudo retome

O seu lugar pertencente

Que esses erros jamais retornem

Que de mim, jamais volte a ser ausente

Renan Azevedo
Enviado por Renan Azevedo em 06/08/2017
Código do texto: T6075920
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