Um céu que coube no seu sorriso

A noite

nos pertence

e é nela que

nos deitamos,

e o Firmamento

nos pertence,

o tempo

nos pertence,

e meus dedos que seguram o cigarro

apontam para os céu

viajamos pela flecha de um híbrido ser

em busca de sua caça

peçonhenta.

Já na cauda da presa

não alcançada,

observamos um trio de irmãs

que se juntam para formar o corpo

de um gigante do céus.

Entre saltos e viagens,

nos deitamos a proa de um navio

que vaga ao infinito.

Quando o sol nascer,

estaremos de mãos atadas

observando que ao amor

nem os mais luminosos astros resistem

pois agora se encontram

em meus e seus olhos

e sorrisos

se deitam na superfície do seu rosto

e no fundo de meu ser.