E Tu Dormes

Assim, nudez inteira, adormecida

e ao longe o ninguém das aves e das pedras,

do azul profundo,

o resto do mundo distante.

Sou eu brisa, a doçura do vento a afagar-te a pele,

eu o olhar que exclui a terra para ver-te fragilidade,

outra cidade, gosto de sol.

E voo como um condor, altero a rota e a altura,

raso-te para sentir mais perto,

asa silenciosa, ainda suavidade.

E tu dormes.

Ausente nada sabes de mim que sou olhar e brisa,

voo de condor, azul e espuma, ainda distância,

vontade de te levar por onde nenhum sonho

te afaste do meu peito, da minha boca,

de todo o corpo, este barro onde marco sensual

o prazer forte da sede.

Edgardo Xavier
Enviado por Edgardo Xavier em 03/08/2017
Reeditado em 04/08/2017
Código do texto: T6073500
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