VONTADOSA
Onde eu sempre fiz tuas vontades,
Fostes insanamente desdenhosa,
Com o amor que te dei,
Numa época em quê nada dá-se a ninguém...
Ingrata!
Onde eu sempre fiz tuas vontades,
Nunca deixei-te sem saber,
O que quer que fosse de mim,
E ainda mais, o quanto eu amo você...
Inábil... inábil!
Onde eu sempre fiz tuas vontades,
No universo que criei só para ti, és sempre jovem,
Linda, perfeita, a Vênus de Milo,
Por acaso te importastes com minhas horas de choro?
Não é a música... é a catarse...
Insensível... Insensível... Insensível!
Onde eu sempre fiz tuas vontades,
Do mesmo modo que tu minha amada,
aprendi a viver uma verdade por vez,
Pois a vida é cíclica, e amanhã e depois,
Começa tudo outra vez...
Eu te amo... eu te amo... eu te amo... mais uma vez!