quando eu encontrar com deus

Parece que o sorriso entristeceu

Parece que esse eu não sou, mas eu

Que o dia escureceu e a noite não clareou

Outra vez o fim do amor

Faz mais de um ano e ainda dói

Machuca feri corrói

Destrói sem dor nem Piedade

Será que aquela verdade

Tornou-se então mentirosa

E aquela coisa gostosa

Simplesmente foi esquecida

Ou será que devo para vida

E ela veio cobrar

É tão sofrido lembrar

Que nos meus olhos não mando

Então me apego chorando

Toda noite ao me deitar

Chorando Só por chorar

Fazendo da falta lembrança

E a minha boca em ânsia

Não esqueceu seu beijar

Depois do desabraçar

Não tem sentido meus braços 45

Meu coração está em cacos

Que só tu sabes colar

E para não me reclamar

Me sobrou a poesia

para transformar noite em dia

Quando por ela eu chorar

Por que se for ao lembrar

Não largo mais a caneta

E a tinta vira um cometa

No papel a estourar

Se com Deus eu encontra

Vamos conversar de perto

Por que eu não acho certo

Nós dois vir se separar

Nós dois não se deparar

Nós dois não mais se beijar

Nós dois não se abraçar

Nós dois não poder se olhar

Se com Deus eu encontrar

Vou perguntar sendo honesto

Se ele acha correto

Em vida me condenar

A viver longe do amar

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A ter que olhar só distante

Como uma escada rolante

Que não para de rolar

Se com Deus eu encontrar

Eu não quero outra vida

Porque de vida sofrida

Eu já cansei de passar

Se com Deus eu me encontrar

Isso em sana consciência

Vou perguntar se carência

Nunca veio lhe incomodar

E se for para eu falar

Não vou calar minha boca

Pois se hoje a voz é rouca

Foi de tanto eu suplicar

Para sentir ela voltar

Para recitar mais feliz

Mais se deus foi o juiz

Ele errou nesse fina

Mais quem sou eu para julgar?

Sou só um réu condenado

Com um papel de lado

Vivo assim a recitar

Quem sou eu para contestar

Se sou filho do pecado

Se vivo no mundo errado

Depois desse separar

Eu tenho é que aceitar

Falarem o que quer de mim

Pois quem sabe amenos assim

Meu nome ela vá escutar

Eu não queria calar

Mais o choro toma conta

E as coisas que a vida apronta

Um dia ela vai pagar

E se ela não pagar

Meu poema não tem fim

Vão ter que lembrar de mim

Mesmo se o papel rasgar

Se com Deus eu encontrar

Vou levar o livro meu

Para ver se do filho seu

Esse pranto vai sanar

Tony Aldair

Tony Aldair
Enviado por Tony Aldair em 01/08/2017
Reeditado em 08/02/2018
Código do texto: T6071133
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