Meus mistérios
Então me olhe, repare
Eu não estou aqui de graça
Vê se some
Ou passe
Não deixe rastros pela estrada
Os meus olhos já cansaram
De te ver passar e gritar a solidão
Que passou a habitar
Eu nada pude fazer
Assisti ao amanhecer e a você partir
Onde houve equívoco
Onde deixou de haver o que devia
Jurou não ter sido nada disso
Em teus anseios e objetivos, faço-me desentendida
Para provar da amargura do estar arrependida
Pode o mundo exaurir suas farsas e clamar
Por liberdade da sua discórdia
Dualismo mente-corpo tecla e faço-me exibida
Forcei nascimento do rancor
Mas, o coração confundiu e me trouxe o amor
É para fazer chorar
Queria poder voar, e voar, e voar
Mas, acorrentada eu vim
E o seguro é, aqui, estar
Não enxergo o além
Não quero nada mais
Ai de mim que sou melancólica
Andei muito cansada
Tornei-me planeta inabitável
Meus mistérios e estranhezas
Segredos um tanto decodificáveis
Quem sabe um louco chegue
E decida ele ficar