OBSESSÃO

Na solidão a que me encontro,

só mesmo o silêncio,

companheiro das frias noites,

é que vem sempre me visitar.

Este, por sua vez,

com suas mudas e silenciosas palavras,

diz-me sempre, o que devo fazer,

para esquecê-la.

Porém, mesmo ciente, de que ele,

por inúmeras vezes, está com a razão,

prefiro não lhe dar ouvidos,

pois, meu amor por você,

continua sendo uma obsessão.

Apesar de não tê-la a meu lado

e estar condenado a viver no abandono,

continuo com minha idéia fixa,

de que sem você, nada sou.

E só serei alguém na vida,

se em minha vida, você for a seiva,

que alimenta a alma,

que faz esse meu corpo movimentar,

sempre a sua procura.

Nova Serrana 12 de novembro de 2007.

Tadeu Lobo
Enviado por Tadeu Lobo em 31/07/2017
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