OBSESSÃO
Na solidão a que me encontro,
só mesmo o silêncio,
companheiro das frias noites,
é que vem sempre me visitar.
Este, por sua vez,
com suas mudas e silenciosas palavras,
diz-me sempre, o que devo fazer,
para esquecê-la.
Porém, mesmo ciente, de que ele,
por inúmeras vezes, está com a razão,
prefiro não lhe dar ouvidos,
pois, meu amor por você,
continua sendo uma obsessão.
Apesar de não tê-la a meu lado
e estar condenado a viver no abandono,
continuo com minha idéia fixa,
de que sem você, nada sou.
E só serei alguém na vida,
se em minha vida, você for a seiva,
que alimenta a alma,
que faz esse meu corpo movimentar,
sempre a sua procura.
Nova Serrana 12 de novembro de 2007.