Há você
Verdes são as águas do mar
Dissensões importunas da vida
Arquiando belo do teu olhar
O que corrói, acalentando a despedida
Da altivez da magia a sonhar.
Das vidraçarias espelhadas
Do perfeccionismo da realeza
Das melodias de tua voz, faladas
Igual a tua não há inócua, tangente, imparável beleza.
Nasceu a imensidão contigo
No bailar da dança a vida da noite
Da distância, trazendo o castigo
Na dureza do cair da côrte.
O tempo a passar e nada a mudar no relógio
Do decidir do possível querer
Da sorte não es tu enfado, sê tu antológio
Entre os ventos perenes, em suma: Há você!