Coro das águas

Choram as águas na cachoeira,

infinito véu claro e denso,

desprovida de palavras. Eu...

rio em compasso lento.

De onde vens, para onde irás?

Deus, só o tempo, infindável acalanto,

tempo de véu, de rezas, de lamentos,

pulsa no peito uma saudade, um pranto.

Fugaz, mas valente olho à frente,

rabiscando os entremeios,

desenho em letras, "a gente"!

Em descaminhos, ouço teu olá,

sorrio, miragem, voz das águas,

cintilante, teus olhos falam, vem cá!

Marilu Fagundes

Mafag
Enviado por Mafag em 29/07/2017
Código do texto: T6068689
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