A ESPUMA DO TEMPO
Enquanto eu corria,
sobre a espuma do tempo,
eu nada entendia,
da fala do vento.
Olhava á minha volta
e nada podia ver,
senão entreaberta a porta,
que me levaria ao sofrer.
Corria sobre a espuma,
tropeçando no vento,
que entre flores e plumas,
leva-me ao esquecimento.
Olhei no céu aberto em seu peito,
um longo caminho a percorrer.
E reconheci, que meu maior defeito,
é amar você, que é incapaz de reconhecer,
o grande amor que lhe tenho.
Por isso, corro sobre a espuma do tempo,
e soprado pelos frios ventos,
é que aqui novamente venho,
a implorar em sua porta,
que você, por favor, receba,
esta pobre alma, quase morta,
que só habita em mim, por amar você.
Nova Serrana (MG), 28 de agosto de 2008.