Fases
Enfrento um dilema constante
Quem me dera se fizesse
Por descuido, transitório
Teria eu a necessidade do caos
Acompanhado da ilusória saciedade?
Proponho-me a imaginar
As soluções vêm trajadas de luto
Logo eu, que me atento a fugir de obscuro
Se ambos os lados
Oferecem-me um mesmo final
Que acarretam descontentamento total
Não desenho-me sozinha no quadro
Tampouco, sujeita ao seu modo falho
É que meu pranto se fez encanto
E, em suas curvas, medos e fugas
Eu espero fazer a minha noite
Não cabe a mim a audácia do "adeus"
"Estranheza", cogito, me ver imersa
Em um mundo tão distinto e que não me agrega
Em sua natureza, ao passo que o estranho
Virou comodidade e dele faço uma metade
Que não chega a formar o inteiro com pedaços
O pouco repleto do muito me fez
Enxergar beleza, onde não havia
Talvez, possa ter sido meu maior engano
Mas, eu o cometeria mil e outras vezes
Que é para ir remando
A favor desse seu abraço
Que seja assim o nosso fim
Se posso eu escrever tal pronome possessivo
Sem muitos dizeres, olhares, toques
Somente, uma despedida
Como se fôssemos mais uma página perdida