"Meu Lugar".

Quero percorrer esse estradão de poeira pisada,

cantando a natureza que trabalha enquanto sonho.

Quero ser o canto da sabia, na paineira de uma memória,

na alegria serena, desta relva fresca e companheira.

Nesta terra, sou o vento e o calor de teu abraço,

o cantar de uma brisa que embaraça os lírios.

Neste chão, quero ser o toque de grandes amores,

que ascende a vida e percorre pela lágrima que toca teu leito.

No bailar das cores desta tarde que espelham no filhote solitário,

ganho o tempo que sempre esteve em mim, no sorriso e no luar.

No reluzir da alma, no tocar da simplicidade,

mas vivida sobre as pedras de uma história infinda nesta lida.

Que doce vida, tem o mel que transforma este olhar,

que neste quintal, posso colher a natureza e a tristeza sem vez.

Posso me apaixonar, morar na inocência e ser meu destino,

ser a lenha e até as flores que ataviam este jardim.

Sou menino homem, forjado no ardor da labuta,

mas lapidado na beleza criança deste chão.

Lugar de paz, da casinha moça, da amizade cordial,

do presente sincero, da quimera que em mim habita.

Cristiano Stankus
Enviado por Cristiano Stankus em 24/07/2017
Reeditado em 24/07/2017
Código do texto: T6063355
Classificação de conteúdo: seguro