Dor de amor

Só sei que nada sinto

Agora está tudo oco aqui dentro

Suas costas me ardem

Pois aquele adeus era verdade

Eu que nunca te amei pela metade

Fui sempre inteira

Fui sempre toda

E caí lá do alto

Agora, passado todo esse tempo

Pareço ter secado por dentro

Não há nada

Não sinto

Não quero

Não respiro

Sou alma vaga se dilacerando no vão da poesia

Sou um rabisco torto e andarilho

E pensar que uma noite daquelas só pioraria tudo

Uma noite daquelas nossas, só me atrasaria a vida

Então eu sigo numa trilha estranha

Eu sigo sem nós dois juntos

Eu sigo sozinha nas linhas de suas mãos

Antes eu tudo sentia

E no meu agora, o antes morreu

Ingrid Ornagui
Enviado por Ingrid Ornagui em 24/07/2017
Reeditado em 27/06/2021
Código do texto: T6063224
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