"O Tempo tem seu Tempo".

Ilusões que anunciam um sofrimento,

mas que partem com tempo.

Retratam o esboço de um ensaio anunciado,

entre os passos em uma tarde de outono.

Sem palavras próprias, indago o curso da história,

que deu-me como leito as ruínas de seus dias.

Mas sem forças fugi, me esquivei de uma rapariga aflorada,

e sobre a morte do passado, chorei.

Iluminado pelo brilho de uma lamina afiada, que corta a alma,

desviei das lembranças e desabafos, para ouvir o som de tantas águas.

Alcançadas pelo êxtase em dias imortais, mais que ataviados foram,

nas lembranças que o menino sonhou.

Onde está seu pranto menina perdida,

onde esta seu gozo mulher arrependida.

Porque guardas as marcas do passado, e plantas tua dor,

quando as reservas do destino te aguardam entre as palmeiras de tua eira.

Quão bom se torna o Criador, na delicadeza de seu entendimento,

porém juiz na armação de seu tabuleiro, que dá a vida e também a dor.

Que nas areias do tempo, escondeu os caminhos sem estradas,

deixando rastros nas planícies, daquilo que em si almeja.

Contudo, no carrossel da vida, a criança ainda sonha,

brinca, sorri e recebe o afago com algumas cicatrizes.

Claro como a alva, a beleza da mulher reluz como um diamante bruto,

Sem aceitar que outros quebram a aliança que outrora parecia forte.

O Senhor da vida, é Senhor de tudo e d'Ele mesmo,

colocando em nossos mãos as traquinagens de uma criança fujona.

Permitindo sonhar e viver sonhos reais, esquecidos mas que ainda vive,

em suas mãos, em seu querer, de seu amor, em nossos corações .

" Em homenagem a uma inigualável mulher. Elaine Palmeira".

Cristiano Stankus
Enviado por Cristiano Stankus em 23/07/2017
Reeditado em 24/07/2017
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