Destinos
Na perna o carnaval em cores,
No peito a rosa, a flor, os temores.
Na voz o amor e a dor se rendem,
No coração razão e instinto recrutam sabores.
Na ausência sou indigente,
Me labirinto, tropeço e deprimo.
No animal o medo da solidão nos oprime.
No olhar a tristeza ovula os segredos,
No quarto subjulgam-se os destinos.
Nos lábios o vermelho ambíguo,
Na timidez fala em meu ouvido.
No amor me dá sentido,
Me refaz e desfaz em círculos.