PECADO?

Como eu poderia ter raiva de ti?

Sou um leão indomável, enlouquecido pelo cio,

Que você teve medo de domar em mim, quando poderia...

Mas o destino, Abelha Rainha, é perverso e implacável,

Une. Desune... Seres diversos como nós, ao seu bel prazer,

Em um prazer que explode pelos poros abertos, suados...

Nunca saberemos como teria sido, Nem mesmo em nossos pensamentos mais íntimos,

Você sabe o motivo? Somos moralmente imorais,

E o destino, o mundo, sempre colabora com as tragédias!

No bom sentido...

No mau sentido...

De cima para baixo...

De baixo para cima...

Sexo é o que queremos!

Sexo é o que desejamos!

Sexo é o que não sei se faremos...

Se entrar... amor!

Mas nós somos afetivamente covardes,

Sabemos e saboreamos o que queremos,

Mas eu me prometo te prometer uma coisa...

Se um dia você estiver perto de mim, agora... de novo,

Farei a coisa mais certa e errada que já deveria ter feito,

Destruirei o meu e o seu mundo de mentiras confortáveis!

E sobre estes escombros de passados nunca vividos seus,

E de ilusões meus, ergueremos um castelo de felicidades reais,

Provavelmente muito duras... mas reais, provavelmente, más!

Eu e tu somos leões e não chacais,

Estamos no topo da cadeia alimentar,

"Comemos" e não somos comidos,

A não ser, um pelo outro...

Não a desejo por perto, o teu cheiro me perturba!

Não o teu perfume... O "teu" cheiro...

É como a sua boca... Deliciosa e sem sabor para mim...

É como o teu sexo... Delicioso e cheio de sabores e aromas para mim...

Poesia composta em um Sábado, 23 de Junho de 2014...