Polaridade
 
Vivo na polaridade,
Entre o bem e a maldade,
Entre o certo e o errado,
Entre a luz e o pecado,
Entre o sol e a escuridão.
 
Isso tudo é tão confuso,
Que eu entro em parafuso,
Sem saber o meu caminho,
E o avinagrado desse vinho,
Me torna amargo o coração.
 
Me embriago com as mulheres,
Entre pratos, copos e talheres,
Como a carne que me aquece,
Que a vida me oferece,
E abomino a religião...
 
Entre padres e pastores,
Só prefiro meus amores,
Que são bem mais verdadeiros,
São alegres, companheiros,
E trazem o céu à minha mão!