Alcova divina
Cabeça no ombro, afago nos cabelos,
Abraço suave, roçar de lábios,
Explosão de amor.
Há uma força maior, não há para onde fugir,
São tentativas em vão, é um imã,
Os olhos pedem, aumentam as batidas do coração.
A natureza quis separar,
Uma fenda no tempo, uma barreira,
Não foi suficiente para evitar.
No fim de tarde, reclusos,
Somente sussurros,
Beijos, gemidos.
A vontade é um do outro não se afastar,
Mas para a realidade precisam voltar,
Recobram a razão, como é difícil se desvencilhar.
Vão para os seus lados,
Voltam às suas rotinas, na mente os momentos,
Promessa de reencontro na alcova divina.
A noite vem, separados,
Pelos pensamentos ligados,
Ansiosos esperam apaixonados.
Outro dia, certo ou errado, não sabem,
Loucura ou insensatez, somente ou tempo pode dizer,
Serão felizes, ou vão sofrer?
Mas o amor não faz perguntas,
Ele é como o rio, no mar se dissolve,
Tornam-se únicos, eternos amantes.