Alcova divina

Cabeça no ombro, afago nos cabelos,

Abraço suave, roçar de lábios,

Explosão de amor.

Há uma força maior, não há para onde fugir,

São tentativas em vão, é um imã,

Os olhos pedem, aumentam as batidas do coração.

A natureza quis separar,

Uma fenda no tempo, uma barreira,

Não foi suficiente para evitar.

No fim de tarde, reclusos,

Somente sussurros,

Beijos, gemidos.

A vontade é um do outro não se afastar,

Mas para a realidade precisam voltar,

Recobram a razão, como é difícil se desvencilhar.

Vão para os seus lados,

Voltam às suas rotinas, na mente os momentos,

Promessa de reencontro na alcova divina.

A noite vem, separados,

Pelos pensamentos ligados,

Ansiosos esperam apaixonados.

Outro dia, certo ou errado, não sabem,

Loucura ou insensatez, somente ou tempo pode dizer,

Serão felizes, ou vão sofrer?

Mas o amor não faz perguntas,

Ele é como o rio, no mar se dissolve,

Tornam-se únicos, eternos amantes.

Samu Franco
Enviado por Samu Franco em 19/07/2017
Código do texto: T6058784
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