Dança surreal
Nos movíamos assim, como fantasmas,
dançando pelo puro prazer de dançar.
A música do acordeão a nos enlaçar,
a mim e a você,
meu parceiro de dança.
Não sou teu amor, nem teu desejo.
Você também não é meu amor, ou meu desejo.
Dançamos assim, como espectros,
de um tempo já ido...
O acordeão chora nas mãos do acordeonista.
Outros também dançam,
numa imagem surreal,
que bem poderia, ser eterna...
Novembro de 2015