Cheio de infinitos
Desnorteia minha escuridão sem viela.
Mergulha em mim como se eu fosse mar.
Dissolva a metade que perde o sono.
Tudo em ti me cabe como fogo em chamas.
Calcifica minhas partes perdidas.
Deste corpo cego e sem destino.
Atulhei da tua saudade habitada em mim.
Destilei cada gota do teu ar.
Sobre os poros flagelados da alma.
Procurando-te no sussurro da boca.
Me faço das noites pra te sonhar.
Recolhendo cada estrela.
Que me alimenta sobre o luar.
De um ser ávido e cheio de infinitos.