PRA NINGUEM SABER
Quando você, me ouvir cantar,
não creia, que seja de alegria.
É que às vezes canto,
para espantar, a minha agonia.
Não tenho mais nenhum encanto.
Não me sinto mais em paz.
Por isso é que às vezes canto,
para esquecer do que ficou para traz.
Quando você, me ver chorar,
não creia que seja de tristeza ou dor.
É que às vezes me pego a pensar,
no tão grande bem que você me fez, amor,
e por não mais tê-la, é que às vezes choro, sim.
Um choro muitas vezes às escondidas,
para que ninguém venha a saber,
que sem você perto de mim,
nada mais me da prazer.
E enquanto canto,
vou tentando me enganar,
na tentativa de sobreviver,
sem o seu doce olhar.
E se ás vezes choro, meu amor,
é por me lembrar do seu sorriso.
É por não mais ter, seu doce olhar.
Não somente pela tristeza e a dor,
de não mais ter você á meu lado.
Nova Serrana (MG), 24 de novembro de 2011.