Para onde vai o amor?
Quem diria que um dia,
Um dia,
Aquele amor que me fazia tão feliz,
Aquele amor que me fez inventar tantos planos,
Aquele amor que me tirou o chão,
Não passaria de uma lembrança triste?
Me pergunto, olhando a cidade pela janela do meu quarto,
Numa noite qualquer de sábado,
Em que bar você ri desse amor que eu achava tão lindo.
O nosso amor acabou.
Chegou ao fim uma das mais bonitas histórias de amor.
Assim, me questiono, para onde vai amor,
Depois que os dias bons viram saudade
E a gente começa a sentir aquele vazio no peito?
Será que ele morre asfixiado dentro da caixa de papelão
Que guarda as fotos e cartas apaixonadas?
Ou será que murcha como a rosa deixada num velho livro na estante?
Ou, ainda, será que embriaga em uma taça de vinho aqueles que não conseguem deixá-lo ir?
Ou simplesmente se esgota,
Como naquele momento em que o coração não mais acelera,
ao ignorar aquela mensagem que faria o coração parar antes.
Será que o amor é sólido,
Pois se quebra facilmente devido nossas dúvidas e receios?
Ou será que é líquido,
Podendo descer pelo ralo, levando um pouco de nós?
Ou simplesmente vai embora,
Quando a gente também não tem mais vontade de ficar?
Sou jovem demais para entender essas questões.
Meu coração de poeta é delirante.