Em terra de marinheiro o barco é amar
Este coração foi árido
como o solo no nordeste.
Todos que passavam, pisavam e diziam:
-Terra desacreditada, não tem vida aqui não brota nada!
E nessa secura se passaram as horas...
E quando chuvia a água eram lágrimas...
E no exílio acostumou-se com o vazio.
Eis que passando ligeiro
Um marinheiro trouxe água do mar.
Decidiu então plantar!
Deitou uma semente na terra ardente
E paciente se pois a esperar.
A terra já tão descrente,
Tão pouco via gente
Respondeu e começou a brotar.
Descobriu que sempre teve vida
Estava apenas adormecida.
A terra com mais gente hoje é viva!
Planta com amor!