DELÍRIOS DE AMOR

O delírio

Acordei-me esta manhã em estado pleno de delírio
- saudades de você.

Metade da noite sonhei acordada;
na outra metade, o sono não foi repouso...
Pensando em você querer dormir foi ideia vã.

A tempestade

Ah, coração! Porque tinha que ser assim?
Um sonho transformado em delírio,
um desejo tornar-se paixão,
invadindo minha alma,
tirando-me a razão.


Ah, coração! O que será de mim?
Desarrumando meus planos
esta paixão mutante revirou-me a cabeça,

levando-me do remanso ao tormento - um tornado de emoções.
A tempestade do querer invadiu meu ser.

Ah, coração!
O que eu fazia quando a paixão, sem prévio aviso, apossou-se de mim?


Acostumei-me a não ter surpresas.
Podia contar com dias tranquilos,
pausadamente esperar o passar das horas.

Do anoitecer a aurora, os novos dias costumavam ser iguais...

A magia

Recordo, não faz muito tempo, meus dias costumavam ser iguais.
E ontem, um rio de amor inundou-me o peito, transbordou paixão.

Recordo, não faz tanto tempo, meu coração era satisfeito,
calmo, minha alma julgava-se feliz, sentia-se em paz.
Os dias eram tão calmos assim, tão iguais.
Meu coração não mais pensava viver emoções a mais.

Recordo, não faz tanto tempo,
meus dias eram tão seguros,
mas tão vazios e tão iguais.
Ainda ontem, meu coração desperto pela magia do amar
aconchegou-se na doce paixão.

Delírio, tempestade e magia - sem eles, não saberei viver jamais.

Doravante, os dias serão tão bons assim, tão desiguais...



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Maria de Fatima Delfina de Moraes
Enviado por Maria de Fatima Delfina de Moraes em 11/07/2017
Código do texto: T6051692
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