Entre Estela e Clarice
Entre Estela e Clarice
Vive D. Pedro a viajar:
Em Estela é só meio-dia,
Clarice é toda lunar.
Ambas têm nomes de luz,
Só isso as faz semelhar;
No resto, tudo é contrário,
Uma é terra, outra é mar.
Uma tem laços e fitas,
Outra, contas a pagar;
Aquela é traços de engano,
Esta, chão firme a pisar.
Estela é bulício, é vida,
Clarice é só descansar.
Assim, não há quem decida,
Entre opostos pode errar.
Mas se errando é meio feliz,
Vamos deixar como está.
Ventura, Pedro, inexiste,
É melhor se conformar!
(Ciudad del Este, Paraguai, 2005)