Entre Estela e Clarice

Entre Estela e Clarice

Vive D. Pedro a viajar:

Em Estela é só meio-dia,

Clarice é toda lunar.

Ambas têm nomes de luz,

Só isso as faz semelhar;

No resto, tudo é contrário,

Uma é terra, outra é mar.

Uma tem laços e fitas,

Outra, contas a pagar;

Aquela é traços de engano,

Esta, chão firme a pisar.

Estela é bulício, é vida,

Clarice é só descansar.

Assim, não há quem decida,

Entre opostos pode errar.

Mas se errando é meio feliz,

Vamos deixar como está.

Ventura, Pedro, inexiste,

É melhor se conformar!

(Ciudad del Este, Paraguai, 2005)

William Santiago
Enviado por William Santiago em 11/07/2017
Reeditado em 14/07/2017
Código do texto: T6051659
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