ATRÁS DOS PONTEIROS
Olho para o relógio, que ao meu lado,
me convida para irmos dormir,
pois muito em breve, ele irá despertar.
Seus tic-tac’s já não mais suportam
andar em volta, atrás dos ponteiros.
Assim, o que eles mais desejam,
é que eu vá dormir sobre o travesseiro,
para que eles também descansem.
Bem sei que o dia foi exaustivo
e que por inúmeras vezes,
eles tiveram que passar,
por uma volta redonda,
marcando cada segundo,
em que sozinho fiquei,
a esperar em vão por você.
Chego a ter pena das horas,
que morreram com tantas esperanças,
de poderem presenciar nosso encontro.
Porém, a culpa não é minha,
pois estou sempre á sua procura,
enquanto você de mim, se esconde,
fazendo-me um sonhador,
que vive contando as horas,
que me separam de você.
Nova Serrana (MG), 10 de agosto de 2006.