DESTINO
 
Tive sonhos incompatíveis com meu destino,
Soprei desejos sem dimensão,
Comprei os votos da desilusão.
 
Tantas portas para se abrir,
Tantos caminhos a seguir,
Quantas voltas o mundo deu
E meu coração ainda é seu.
 
Estes meus velhos olhos acreditam
Na cor que a saudade pinta em minha solidão.
 
Tantos momentos se perdem
Nas lacunas de meus pensamentos,
Nuvens que se desfazem ao amanhecer.
 
Conhecer o que diz minha voz
Não traduz o que minha alma sente.
 
 
Essa dor que se instala no peito
Como inquilino algoz,
Não tenho mais crença
No que reflete no espelho.
 
E nós, que nos sabemos mais,
Vivemos distantes do que realmente somos,
Errantes no que somos agora,
Corpos transeuntes
Na rua de duas solidões.
 
 
MARIO SERGIO SOUZA ANDRADE
Enviado por MARIO SERGIO SOUZA ANDRADE em 10/07/2017
Código do texto: T6050893
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