Nas tuas mãos
Nas linhas de tua mão,
repouso esperando-te,
entoando um cântico de amor,
um cavaleiro antigo,
há muito longe de seu castelo,
percorrendo desfiladeiros,
atravessando densas florestas,
cruzando os sete mares,
enfrentando perigos desconhecidos,
usando astrolábios como guias,
no horizonte imaginando-te,
teu nome um terço em meus lábios,
fazendo de cada dia uma prece,
tornando cada noite uma estrela,
ofertando-os à ti em contrição,
para que perdoes meus pecados,
quando a chuva desanima meus pés,
quando o gelo invade meu coração,
quando o vento corta minha determinação,
lembro-me de teu sorriso leve,
recordo-me de teu olhar profundo,
rememoro tuas palavras doces,
energizo minha alma em teu querer,
renovo minha força em tua existência,
e se meu destino for entregar meu espírito,
que seja somente por amor a ti...