ONDE ELA MORA

Na alma que já não tem mais sentido
serei então para o meu viver proibido?
Então o poeta sem dizer nada, vai embora.
Se escrever o que pensa, acha que não deve,
então esse poeta, nada mais,nada escreve,
abandona os versos, é uma rima que chora.
Do canário cantador
da voz desse cantor
vozes que somem agora...
Estradas sem fim,por caminhos que tenho ido,
pelas curvas, que pelas noites tenho seguido
curvas ou as retas,que meu o destino ignora.
Buscando a felicidade
não me diz a saudade
onde é que ela mora.

Então  em silêncio fica sem sua voz esse poeta,
não vê mais qual a direção daquela visívil seta,
perguntando agora,  a mente ,onde ela estará?
Vai quebrando esses silêncios, tristes,tão vazios
e bem ao longe, músicas, em tristonhos assovios
quem sabe tambem perguntando,onde ela está?
E o uivo de um cão
vai ferindo a solidão,
ouvindo estou eu cá.
No escuro da noite, nessa paisagem sertaneja
tudo faz ela lembrar, ao ouvir os sinos  da igreja
mas ninguem responde, agora, por onde andará?
Mesmo na noite frio
uma mensagem envio,
a saudade, continua lá.



 
GIL DE OLIVE
Enviado por GIL DE OLIVE em 09/07/2017
Reeditado em 10/07/2017
Código do texto: T6050059
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