OLIGOFRÊNIA

Não venha falar-me de suas mentiras,
nem tão pouco, agora, remoer suas dores,
Elas; são suas... e quando eu as quis carregar em seu lugar,
Fizestes como as serpentes fazem, feristes-me!

Eu a amo! mas não te alegres... ainda assim, não me terás,
eu não sou cego,
Tão pouco; levemente oligofrênico, imbecil ou idiota,
Ah palavras injustas para pessoas que assim como eu,
Amam demais! em demasia, cegando a tudo que fazes... fezes!

Tente justificar tuas crises nos "tempos líquidos",
Nos transtornos que marcam esta era de sim que é não e de não que é sim,
Eu tento engolir suas atitudes nas dores que tu sofrestes, nas inúmeras vezes que te traíram,
E pior... nas vezes em que tu, traístes a ti mesma...

Ma eu te pergunto meu amor que há muito se foi?
Adianta a ti, agora, no hoje, alimentar sua culpa?
Buscar asilo nos "Beit Midrash" do mundo de nada adianta,
Se pedes perdão hoje e, afias a língua para ferir de novo amanhã, achando-se, o corretor gráfico do mundo inteiro...

Meu amor... meros rituais nada são, sabes disso...
Logo tu, que observas tudo! Guarda a ti mesma e já estará bom...
Ao invés de guardar informações alheias demais e passar horas,
Matutando e ruminando palavras e sentimentos já sem... sentido...
Chegando a atos extremos... De sentenciar a outros...

Aprenda que, nem tudo se domina,
Muito menos nem todos. E quê, a sedução,
É arma que não atinge a quem ama de verdade,
Talvez por isso, eu nunca me encantei de verdade... vai saber... Eu sei!

Muitas poucas pessoas te leram como eu,
Sabes disso, amas isso! Odeias isso!
E de que adiantou concordar comigo quando seu sorriso debochado dizia o contrário, e deixava brotar, mesmo tímido, seu descontentamento...

Eu te amo... e vai demorar a passar... Mas eu já não a quero, simples assim,
Não olhe-me com olhos maus só por que eu compreendo o que tanto desejas...
O mundo da carne e o mundo do espírito meu amor, são para mim uma só casa, e nela eu moro sem questionar... Já tu, tanto buscas e nada encontras...

Se tu não compreendes é sua caminhada,
Leia com a alma, amadureça, absorva o saber,
Para não ser absorvida por ele!
E não seja mais ríspida por limparem suas feridas...

Quem ora, deseja falar com alguém... esperamos que D_us,
Mas palavras voam ao sabor do vento e vão aonde desejarem se nossos corações não estão abertos...
Mas não confunda seus pedidos como sinônimo de justiça,
Antes, analise se são ao menos, agradecimentos sinceros eles são...

Ele...
"ele"...
Qual deles te ouve? te entende? te atende?
Não sei... Não ouso te pesar com a medida que fui pesado...

Meu amor, se te fiz algo de tão inaceitável, perdoa-me, assim de longe mesmo,
Mas foi por amor...  Para ajudar...
Mas é preciso entender quê,  "calos" doem,
Até mesmo, na extração, para que nunca mais doam...
ELIZIO GUSTAVO MIRANDA DOS SANTOS
Enviado por ELIZIO GUSTAVO MIRANDA DOS SANTOS em 09/07/2017
Código do texto: T6049899
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