MULHERES DO CRIME
Um silêncio mortal se fez em mim
naquele momento, nos olhos tristes,
que vislumbrei por aquelas grades
de ferro, ferroando corações; trastes!
Não sei até que ponto olhei as almas
ali subjugadas a seus erros e chorei,
pois que, mulheres em suas calmas
desesperadas, tristes; muitas contei!
Filhos abandonados ao nada do amor
materno, rugem seus gritos de dor
longe daquela a quem Deus abandonou;
pensam tais rebentos, o tempo passou!
Quem são esses seres que trocam
a paz da liberdade e do amor
por um dinheiro, no lombo do burro,
que as drogas empanam em dor?
Sentei-me na calçada fria e chorei
por essas mulheres e suas crianças,
todas atrás das grades do desamor
e lá fora brincavam outras crianças!
Eugênia L.Gaio-07/07/2017