Uma Noite Bovarista
Menino da Serra Azul, dos olhos de mel
Tens a beleza do orvalho da manhã
Te reconheci em Praça erguida
No meio das árvores
Era meia noite na Paris dos sonhos
Onde brotaram flores silvestres
Teu corpo é minha Torre Eiffel
Dançaremos a valsa dos cisnes na boemia cidade
onde repousam as pombas amargas
de suspiros profundos
Em qual estação eu te perdi
ao reconhecê-lo na solitude das multidões
Dragões noturnos afastam ausências
Unindo solidões
Amanheceu na lua
hieróglifos pelo caminho
Garimpando poesia
Encontrei no teu sorriso
o meu baluarte
no lampejo da noite
Amar é uma arte