DISTRAÍDA
Seus olhos me deixam ver,
que você ultimamente,
tão distraída tem andado,
ao ponto de não perceber,
o quanto meus olhos abrasados,
pelas ruas vão lhe seguindo.
Procuro de tudo fazer,
pra chamar sua atenção.
E por mais que me esforce
você nunca me dá o prazer,
de ter a luz de seus olhos,
voltada em minha direção.
Já não sei mais o que faço.
Vivo solitário e carente,
enquanto me recuso aos braços,
que não são os seus.
Porém, nesta espera infinda,
vou morrendo aos pouquinhos,
dia após dia em minha vida.
Enquanto minh’alma cansada
chora triste a falta sua.
Nova Serrana (MG), 07 de agosto de 2006.