O ORVALHO GELADO DA NOITE

Eu fui jogado porta fora

E me pergunto, e agora

O que é que eu faço desta vida

Se não gosto de trabalhar

Agora não tenho onde morar

To num beco sem saída

Nem uma mesa pra escrever

Sou obrigado a sorver

O orvalho gelado da noite

Agora sou o poeta da rua

Namorado eterno da lua

Sempre de baixo do açoite

Misturado aos passarinhos

Sem ter o gosto dos carinhos

Mas seja do jeito que for

Na calada da noite eu choro

Então volto aos teus pés e imploro

Querida, eu preciso do teu amor!

Escrito as 18:02 hrs., de 05/07/2017 por

Nelson Ricardo

NELSON RICARDO
Enviado por NELSON RICARDO em 05/07/2017
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