FLECHA SEM ALVO
Até quando manterei esse desejo
de amar com loucura,
e procurar ávido, pelos beijos,
de quem não me tem amor?
Até quando terei condições
de seguir em frente,
procurando na multidão
pelo seu rosto ausente?
Minha alma esta insegura
e meus movimentos descontrolados,
me levam á uma grande tortura,
por não tê-la á meu lado.
Assim como a flecha desordenada,
corta sem alvo, o ar,
caminho em busca de nada,
distante de seu olhar.
Já não tenho mais gosto.
Vivo entre a vida e a morte,
numa trajetória obscura,
onde pressinto que a sorte,
só me levará á loucura.
Nova Serrana (MG), 16 de julho de 2006.