DOCE MENTIRA

Meu coração está no degredo,

Dos mares de solidão de sua ausência,

Por onde eu vago alheio a mim mesmo,

Mas atento a tudo e em tudo o que tu faz...

Eu já não sei como existir sem o teu existir,

E embora tu sejas somente cinzas e pó,

Eu vivo das lembranças fortuitas aqui e acolá,

Minha única maneira de sorrir e de chorar!

Sóis a visão perfeita!

E por isso jamais poderei tocar - te,

Ah poeta... Que de fonema em fonema vai cantando,

Só não cantes o canto da verdade,

Pois viver é bom ainda que na doce mentira!

ELIZIO GUSTAVO MIRANDA DOS SANTOS
Enviado por ELIZIO GUSTAVO MIRANDA DOS SANTOS em 03/07/2017
Código do texto: T6044541
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