DOCE MENTIRA
Meu coração está no degredo,
Dos mares de solidão de sua ausência,
Por onde eu vago alheio a mim mesmo,
Mas atento a tudo e em tudo o que tu faz...
Eu já não sei como existir sem o teu existir,
E embora tu sejas somente cinzas e pó,
Eu vivo das lembranças fortuitas aqui e acolá,
Minha única maneira de sorrir e de chorar!
Sóis a visão perfeita!
E por isso jamais poderei tocar - te,
Ah poeta... Que de fonema em fonema vai cantando,
Só não cantes o canto da verdade,
Pois viver é bom ainda que na doce mentira!