QUANTO TEMPO

Quantas vezes,

eu...

Solitário e abandonado,

entre as paredes gélidas

do meu quarto escuro,

desejei um pouquinho de nada,

de seu calor humano?

Quantas vezes,

eu...

Sonhei com seu abraço amigo.

Seu afago carinhoso em minha face.

Seu sorriso alegre à minha volta,

e sua palavra certa

em tantas horas erradas

distante de você?

Quanto tempo a mais,

eu...

Terei que esperar por você

que foge de mim,

ciente de que somente eu,

serei capaz de lhe fazer feliz.

Por que adiar tanto,

deixando tudo para o amanhã(?),

sabendo que não teremos

uma vida tão vasta,

e, de que eterno mesmo,

só o meu amor por você,

e nada mais.

Nova Serrana (MG), 24 de março de 2006.

Tadeu Lobo
Enviado por Tadeu Lobo em 02/07/2017
Código do texto: T6043474
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