QUANTO TEMPO
Quantas vezes,
eu...
Solitário e abandonado,
entre as paredes gélidas
do meu quarto escuro,
desejei um pouquinho de nada,
de seu calor humano?
Quantas vezes,
eu...
Sonhei com seu abraço amigo.
Seu afago carinhoso em minha face.
Seu sorriso alegre à minha volta,
e sua palavra certa
em tantas horas erradas
distante de você?
Quanto tempo a mais,
eu...
Terei que esperar por você
que foge de mim,
ciente de que somente eu,
serei capaz de lhe fazer feliz.
Por que adiar tanto,
deixando tudo para o amanhã(?),
sabendo que não teremos
uma vida tão vasta,
e, de que eterno mesmo,
só o meu amor por você,
e nada mais.
Nova Serrana (MG), 24 de março de 2006.