FLORES RECLINADAS

Quantas noites frias passei,

esperando chegar o amanhecer,

pra ir em vão, á sua procura.

Quantas foram as flores

que lhe enviei,

esperançoso de que as mesmas,

lhe falasse do meu amor?

Hoje, porem,

vejo com profunda dor,

a luz pálida que vai se apagando,

dentro do meu interior aflito.

As últimas flores reclinadas,

choram profundamente sua falta.

A lua triste se afastando,

dentro da negra noite

e meus olhos se derretendo,

com sua ausência impiedosa.

Pressinto angustiado a morte.

Pois dor igual não há.

Mas por favor, minha querida,

não ria do meu ingênuo amor,

nem chore se á caso se arrepender,

por não ter me aceito á tempo,

uma vez que para você,

nada mais fui

que um mero esquecimento.

Nova Serrana (MG), 18 de julho de 2006.

Tadeu Lobo
Enviado por Tadeu Lobo em 01/07/2017
Código do texto: T6042678
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