FLORES RECLINADAS
Quantas noites frias passei,
esperando chegar o amanhecer,
pra ir em vão, á sua procura.
Quantas foram as flores
que lhe enviei,
esperançoso de que as mesmas,
lhe falasse do meu amor?
Hoje, porem,
vejo com profunda dor,
a luz pálida que vai se apagando,
dentro do meu interior aflito.
As últimas flores reclinadas,
choram profundamente sua falta.
A lua triste se afastando,
dentro da negra noite
e meus olhos se derretendo,
com sua ausência impiedosa.
Pressinto angustiado a morte.
Pois dor igual não há.
Mas por favor, minha querida,
não ria do meu ingênuo amor,
nem chore se á caso se arrepender,
por não ter me aceito á tempo,
uma vez que para você,
nada mais fui
que um mero esquecimento.
Nova Serrana (MG), 18 de julho de 2006.