PEDINTE

Como a um pedinte, aqui venho,

bater á sua sumptuosa porta.

Muito pouco tenho

e minh'alma já quase morta,

não consegue mais direção,

pelos caminhos tortos da vida.

Por isso, peço lhe compaixão.

Dê me uma chance, querida,

de poder lhe mostrar

que em minha vida sem valor,

trago guardado um lugar,

repleto de carinho e amor,

que sempre á você reservei.

Então, estendo lhe a sacola,

pois creio que de você receberei,

ao menos um sorriso por esmola.

E assim, um pouco mais confortado,

posso voltar para as ruas,

descalço, despenteado e amarrotado.

Porém, muito feliz, com a esmola sua.

Nova Serrana 03 de novembro de 2006.

Tadeu Lobo
Enviado por Tadeu Lobo em 30/06/2017
Código do texto: T6041917
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2017. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.