SABERÁ

Quando partir,

saberá

como dói a dor de uma saudade;

E, depois, então,

vai aprender que esta mesma saudade

tem cor,

e, sobre ela vai desenhar

suas histórias;

Saberá como é triste

contar os dias, e no final,

não ser lembrado por ninguém;

Não saberá explicar,

como se permanece bêbada

sem nada beber;

Não saberá o por quê

os olhos denunciam,

que estão nadando em areia

sem que tenham chorado;

Bão saberá relatar

a extensão de uma solidão,

quando estiver sozinha

em sua cama;

Perderá a noção das estações

do ano,

e, não terá como dizer

em que empo chegará a primavera,

pois, estará sob o domínio

de um interminável inverno;

Não terá condições de

distinguir entre um jasmim e bromélias,

a não ser

enumerar suas seqüelas;

Saberá como ser prisioneira,

convivendo em uma multidão

como sendo a última,

ao invés de ser a primeira;

Conhecerá o gosto

da tristeza,

quando os dias ensinarem

a degustar seus indesejáveis desgostos;

Compreenderá enfim,

o valor de um sólido sentimento,

o viver na felicidade,

assim como no passado,

quando o teu vulto foi amado...

Wil
Enviado por Wil em 17/10/2005
Código do texto: T60418