OBRIGADO ÍGNIO

Um dia eu cheguei a escola, muitas primaveras atrás,
E ao chegar, lá estava tu, parada na porta,
Eu passei por você sabendo de seus sentimentos,
Totalmente seguro de mim mesmo,
E no controle total da situação diante de mim.

Eu te sentia como um predador consegue sentir a sua presa,
Como um Vampiro sente a sua vítima,
Eu podia sentir o bater de seu coração,
A circulação de seu sangue,
O pulsar de suas veias esverdeadas e saltadas,
Sob sua pele alvíssima, fresca, alfazemada.

Olhei-te no fundo dos seus olhos lilases,
E pude ver no fundo de sua alma,
Tentei fazer sua alma assustar-se com a minha,
Más... você não teve medo.

Você olhou-me com ternura...
Ficamos parados ali, no meio da porta por segundos,
Tão perto um do outro que a respiração tornou-se uma só.

Os corações passaram a bater em um só ritmo,
E mesmo que eu desejasse negar a mim mesmo, naquele momento, Eu acabara de tornar-me prisioneiro do buraco lilás de teu olhar.

Eu acabara de ficar preso no emaranhado de teus cabelos fartos que lhe cobriam teu busto, indo até a cintura,
Ali, em segundos, revivemos milhares de anos,
Sem uma única palavra, tudo foi dito, tudo...
Tudo foi sentido, tudo fez sentido.

Sem um único toque sequer,
Ali, eu aprendi como era amar,
Como estou amando de novo agora,
Obrigado pelo aquele momento do passado,
Que permitiu-me um futuro agora,
O de amar e ser amado verdadeiramente de novo!
ELIZIO GUSTAVO MIRANDA DOS SANTOS
Enviado por ELIZIO GUSTAVO MIRANDA DOS SANTOS em 23/06/2017
Código do texto: T6035363
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