FIO DE CABELO
Um fio de seu cabelo,
cai sobre as folhas do meu caderno.
Procurei logo ocultá-lo,
pra que você não visse,
que eu acabara de conseguir,
uma pequena lembrança sua.
E assim todo radiante,
voltei para casa a meditar.
Finalmente consegui,
alguma coisa, que a me lembre.
E ao abrir novamente o caderno,
um vento maldito soprou,
levando com ele,
sua lembrança única.
Um fio de cabelo loiro,
que era meu maior tesouro.
Então decididamente pensei.
Não quero nada seu, como recordação,
pois assim estaria admitindo,
que eu pudesse lhe esquecer.
Nova Serrana (MG), 15 de abril de 2004.