O RELÓGIO DO TEMPO...

Há séculos eu te vi pela primeira vez,

E jamais esqueci te semblante, tua alma,

E naquele momento, apaixonei-me profundamente,

Para sempre...

Vivi ao seu lado tudo que o amor podia oferecer,T

Tivemos filhos, lavramos a terra juntos,

Colhemos do fruto de nosso amor e suor,

Até que, a maldade alheia tocou à nossa porta...

Parti com nossos filhos rumo a batalha,

Rumo ao destino da morte certa,

Que garantiria a tua paz e a de Hinguellore,

A nossa única filha, a pequnina dindill...

De nossos filhos, apenas um retornou,

Cheio de honra carregando a mim,

Teu amado marido, como manda a tradição,

Sobre meu escudo...

Teu pranto amor, regou minha sepultura,

E nela nasceu uma camada de ”Shamrock",

Todas de quatro folhas para lembrar-te que,

A nossa sorte não acabaria ali...

Noites e noites,

Vaguei por vales sombrios,

Até que anjos bons guiasse-me a outro mundo,

Onde encontrei você...

Que mais uma vez,

Eras minha flor de fogo,

Que mais uma vez, ensinou-me o amor,

Mas ainda jazia em mim o teu guerreiro...

E mais uma vez, quis os Deuses,

Que nosso destinos fossem separados,

Mas desta vez, levastes no ventre nosso evangelista,

Ah dor que jamais passará...

Vivo morto em vida,

Vives morta em vida,

Prisioneira de tua covardia,

E eu, da que eu nunca tive...

Mas minha sina é esperar,

Até o fim dos tempos,

Até a vigésima quinta hora,

A hora que há de chegar...

ELIZIO GUSTAVO MIRANDA DOS SANTOS
Enviado por ELIZIO GUSTAVO MIRANDA DOS SANTOS em 18/06/2017
Código do texto: T6030922
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