CONVICÇÃO
Meu amor tens ao menos lido as cartas que envio-te?
os as rasga ainda à porta de entrada de tua casa?
que fiz eu de tão grave meu amor para merecer tanto ódio?
e forçar-me a perguntas sem fim?
Sinto-me como um Quasímodo de face pintada e tolo,
a divertir outros mais tolo que eu ao redor do picadeiro!
Meu amor, que faço eu com as rosas que comprei-te?
Eram tão vivas e viçosas a algumas horas atrás...
será que posso dar a tua vizinha, ela agradou-se delas?
Acho melhor não.
Meu amor, sua palavras são silêncios sem fim,
cheios de significados que eu não sei ler,
suas atitudes tiram de mim qualquer chance de defesa,
e meu único erro foi violar a minha única regra...
Mas amor... meu amor,
eu e tu sabemos bem como o tempo é temperamental,
e o destino um fanfarrão bêbado sem a menor consideração!
ao menos comigo amor, ele não teve nenhuma!
O que poetas dizem são... Eu- Líricos,
o que Deus pode fazer, aí chama-se milagres.
e no primeiro há somente palavras ao vento,
no segundo, a criação.
Eu esperarei...