As princesas e o segredo da chuva.
Em uma colorida cidade encantada,
lá pelas bandas da terra rasgada,
morava uma bela princesa,
cheia de graça e realeza,
sua família de riquíssima simplicidade,
eram pessoas cheias de amor e bondade.
A doce menina de grandioso coração,
era solitária e não tinha irmão,
sempre alegre vivia a cantar,
Gostava de a todos beijar e abraçar,
Sarah é o nome dessa princesa,
pequena gigante de estonteante beleza.
Certa tarde pousou em sua janela,
diferente ave de cor amarela,
Sarah no mesmo instante encantou-se,
e pela linda ave apaixonou-se,
convidou-lhe a entrar em sua casa,
convidou-lhe a pousar por sua sobre a mesa.
Inquieto e meio envergonhado,
o pássaro olhava de canto e desconfiado,
a princesa sorridente acenava,
- Entre passarinho não vou machucá-lo,
dizia Sarah sem tentar tocá-lo.
O pássaro derepente encorajou-se,
e da linda princesa aproximou-se,
- Qual é o seu nome passarinho?
Respondeu-lhe - Chamam-me amarelinho,
nasceu naquela mesma tarde,
a mais linda e bela amizade.
Seu pai, o rei soberano, não acreditou,
quando a novidade a pequena lhe contou,
dizia ao pai que a ave falava com ela,
seu pai lhe respondeu - Isso é balela,
sua mãe, a poderosa rainha, rolava em risada,
vendo tão grande trapalhada.
Na tarde seguinte amarelinho retornou,
a linda princesa triste encontrou,
- Onde está teu belo sorriso?
respondeu-lhe a pequena - Escondeu-se meu amigo,
- Trago-lhe maravilhosa novidade.
Que encontrei-a em outra cidade.
- Então conte-me amarelinho,
diga-me logo e bem rapidinho,
- Outra princesa conheci em um jardim,
foi lá na encantada Votorantim,
- Diga-me o nome dela, será felícia?
- Não minha amiguinha, ela chame-se Letícia.
- Ela também descende da realeza,
tem uma bela irmã que também é princesa,
- Quero vê-la amarelinho, quero vê-la,
por favor leve-me para conhecê-la,
- Para tal coisa acontecer,
um grandioso milagre terei que fazer.
Em um pássaro ele a transformou,
e num instante bem alto Sarah voou,
de repente avistaram em meio ao jardim,
da encantadora cidade de votorantim,
a princesa Letícia que estava a brincar,
entre belas flores pulava sem parar.
- Venha aqui pequenino passarinho,
dizia ela estendendo seu magro dedinho,
Sarah sendo pássaro e podendo voar,
percebeu que não podia mais falar
uma linda canção ela então entoou,
outra linda amizade ali começou.
Certa tarde sem Sarah esperar,
veio amarelinho rápido lhe visitar,
não veio sozinho mas com outro passarinho,
era pequeno e bem verdinho,
ela amou aquela notícia,
quando amarelinho revelou que era Léticia.
Muitas foram as tardes de visitas,
tardes tão alegres, tardes tão bonitas,
Belas canções acontecia,
e entre o jardim o bater de asas se ouvia,
mas quando o malvado mundo percebeu,
Esse grande milagre o enfureceu.
Mas o malvado mundo ardiloso,
fez algo medonho e vergonhoso,
de tão maléfico era o malvado mundo,
construiu uma gaiola toda de chumbo,
prenderia o passarinho naquela tarde,
e o jogaria no lago do esquecimento sem piedade.
Quando amarelinho percebeu o terrível plano,
daquele malvado mundo insano,
voou para o mais alto dos céus,
a refugiar-se nas asas de Deus,
o malvado mundo vendo que fracassou,
e o pássaro mágico não agarrou.
Todas as vezes que no céu amarelinho cantava,
sua canção em gotas de chuva Deus transformava,
o mundo malvado eternamente se lembraria,
pois todas as vezes que a chuva caia,
o mundo era inundado com a lembrança da maldade,
que tentou fazer ao pássaro mágico daquela cidade.
Foi assim que aconteceu,
e nesse dia a chuva nasceu,
as princesas bem que sabia,
o porquê que a chuva caia,
enquanto no céu amarelinho ia cantando,
de saudade dois corações ia regando.