OFERENDA

Quando

em minh’alma

desaguares,

com tua vontade

límpida e morna

hás de perceber

de alguma forma,

que estou vindo

de muitos lugares.

Renunciarás, então,

ao que precisares,

e ganharás tudo

dentro da norma.

Dar-te-ei ,

ó minha deusa,

um novo amor

que não deforma,

numa oferenda

digna dos teus altares.

Assim nessa difícil

travessia,

na qual a minh’alma

permanece imolada,

na busca de

um novo tempo

que se inicia.

E essa nossa vida

crua e fatigada,

terá um recomeço

de fantasia,

e toda tristeza

restará acabada.